terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Daniel Defoe - As Aventuras de Robinson Crusoe


É por causa de livros como este que eu não abandono leituras a meio. Ouso explicar-vos porquê.
 
Naveguei entusiasticamente durante as primeiras 30 páginas, porém, nas 130 que se seguiram, senti-me como se estivesse em alto mar e durante meses não houvesse terra à vista. As mesmas pessoas, dentro do mesmo barco, entretidas com as mesmas rotinas: comer, remar, dormir. Em loop. E eu que padeço de cinetose (google it!). Foi a adrenalina de passar o Bojador e depois resistir e suportar a calmaria entorpecedora do restante percurso. Adormeci vezes sem conta, talvez o meu sofá seja bom de mais. Sejamos justos, não estava a ser terrível mas tornou-se incrivelmente repetitivo.
Mas assim que a capa desta edição fez sentido, a coisa melhorou um pouco. Não o suficiente para eu ter dado como bem empregado o tempo gasto nas primeiras páginas, mas pelo menos para não me arrepender de não o ter largado ao fim da primeira meia centena, como fazem as pessoas sensatas quando acham que o livro que estão a ler não liga com elas.
 
Em suma, é um livro de aventuras, uma história sobre navegadores de mares já navegados, ilhas desertas, engenhos que aliviam a sobrevivência, solidão muitas vezes compensada, pouco medo e confiança na Providência. Tudo isto em muita quantidade. Muitas vezes. Crusoe é o maior da sua rua e ficamos a saber porquê. O homem era inventivo e corajoso, verdade lhe seja feita.
Daniel Defoe criou uma história para adolescentes destemidos e inquietos. Para vários amantes da literatura é capaz de servir.

4 comentários:

  1. Gosto tanto disto! Parabéns miúda e um grande, grande beijinho :))

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  2. Será que terei a mesma impressão?
    É um dos livros que olham para mim da prateleira há tempos... (rs)

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    Respostas
    1. Como eu sempre digo, o melhor é ler. Nenhuma opinião vale tanto para nós como a nossa :)

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