Um livro sobre o tema que, nos dias de hoje, obceca os portugueses, 40 anos depois. Finalmente fala-se abertamente de uma ferida mal cicatrizada que foi tabu e palco de medos, como se falar sobre ela fosse reabri-la. Finalmente deita-se cá para fora tudo o que se tentou esquecer, o que se empurrou para um canto da memória, como se, evitando, pudéssemos fingir que nunca existiu.
Dulce Maria Cardoso expôs sem paninhos quente o drama dos países (colonizadores e colonizados) e das suas gentes. Numa linguagem crua, que não poupou a visita aos preconceitos enraizados, aos ditos politicamente incorretos.
É um livro duro, real, com uma escrita um pouco densa que não pode ser lida de ânimo leve.
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